Hoje temos painéis solares com os preços mais baixos da história no mercado internacional. De acordo com a BloombergNEF (BNEF) 413 GW de energia solar serão instalados no planeta ainda neste ano.
Esse número significa uma correção sobre a previsão realizada pela empresa de pesquisa em setembro, na ocasião, estimada para 392 GW. Essa análise aponta um avanço liderado pela China, com outros mercados apontando para um movimento relativo a instalações de projetos fotovoltaicos aquém do esperado. Assim, o mercado internacional conta com painéis solares com os preços mais baixos da história.
Comparado a 2022, o volume de capacidade adicionada tenderá a apresentar uma expansão de 64%. Apenas a China deverá adicionar 240 GW em 2023 e 33 mercados ultrapassarão 1 GW em instalações de energia fotovoltaica no planeta todo.
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De acordo com dados da agência estatal chinesa National Energy Administration (NEA), no final de outubro, a China alcançou 540 GW de capacidade acumulada de energia solar fotovoltaica. Foi uma expansão de 47% ao ano.
Painéis solares com os preços mais baixos da história
A BNEF frisou que a capacidade de produção de painéis solares é maior que a demanda por energia solar. Apenas os painéis de fabricantes Tier 1 registrou 839 GW. Assim, a elevação nos estoques na Europa é admirável. Lá, diversos mercados residenciais registraram um desempenho inferior quando comparados a 2022. Isso se deve aos preços mais baixos da energia elétrica.
Painéis solares com os preços mais baixos da história, chegando a US$ 0,128/W na terceira semana do mês de novembro. Mesmo assim, a maioria dos fabricantes pretende dar continuidade à produção, uma vez que se encontram com uma posição financeira segura.
Sendo assim, a BNEF entende que tal cenário abre espaço para intimidar competidores para fora do mercado. A consultora tem expectativas de que os preços de módulos fotovoltaicos, na China, reduzam para 1 yuan/W ou menos. Espera, ainda, que caia para US$ 0,12 a US$ 0,15/W nos mercados sem barreiras comerciais.
O Brasil é o segundo maior importador de painéis solares da China
Depois da Europa, o Brasil é o segundo maior importador de painéis solares da China e trouxe ao país cerca de 9,5 GW no primeiro semestre deste ano. Essa quantidade é similar à do mesmo período de 2022, ou seja, 9,4 GW.
Esses dados foram extraídos de uma análise inédita realizada pelo think tank de energia Ember. O estudo revelou, também, que houve um crescimento de 34% nas exportações de módulos da China no primeiro semestre de 2023. Dessa forma, 114 GW foram enviados para o mundo todo, comparando-se aos 85 GW enviados durante o mesmo período em 2022.
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Segundo resultados do estudo, o maior crescimento absoluto ficou com a Europa. Já, a África, teve o maior aumento percentual, figurando entre as porcentagens de crescimento mais rápido, ao lado do Oriente Médio.
De acordo com Sam Hawkins, líder de dados da Ember, a demanda por energia solar tem acelerado muito. O mundo todo tem aproveitado o momento para adotar essa fonte de energia limpa, abundante e barata para impulsionar a economia do futuro. É evidente que, hoje, a capacidade de fabricação mundial não é o fator limitante para se chegar ao crescimento necessário em termos de adesão à fonte solar. E esse montante é de cinco vezes a mais até 2030.
Exportações chinesas e participação no mercado global
As exportações chinesas representam aproximadamente 80% de participação no mercado global quando o assunto é capacidade de fabricação de equipamentos fotovoltaicos. Dessa forma, para expandir energia limpa, o avanço das exportações do país asiático tem consequências mundiais.
Segundo o relatório, no primeiro semestre de 2023, mais da metade dos painéis exportados da China seguiram para a Europa, ou seja, 52,5% do volume. O continente registrou, ainda, o maior aumento absoluto em comparação com o ano de 2022, com +21 GW. Com isso, atingiu um total de 65 GW enviados nos primeiros seis meses de 2023. Em 2022 foram enviados 44 GW no mesmo período que este ano. E o Brasil, é o segundo maior importador de painéis solares da China.
O Brasil é o segundo maior importador de painéis solares da China depois da Europa e importa o equivalente a 9,5 GW nos primeiros seis meses de 2023. Só para se ter uma ideia, a JinkoSolar LATAM informou que enviou 52 GW de módulos nos primeiros três trimestres de 2023. Ajude a aumentar essa participação e adote a energia solar!
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